1853 – 1929
Pedro Weingärtner, pintor.
Estudou no Liceu de Artes e Ofícios de Hamburgo e depois de Karlsruhe.
Passou a frequentar a Nova Escola de Belas Artes de Baden. Em seguida, passa para a Real Academia de Belas Artes de Berlim.
Em suas telas, mais parece procurar todas as oportunidades para revelar a execução habilidosa e paciente de detalhes, não se furtando a acumular pequenos objetos que merecem todos eles o mesmo caprichoso tratamento, como uma fotografia poderia alcançar.
Paleta de cores limpas e tintas manejadas com pincéis ágeis, não poucos de seus quadros, embora afetados por essa sobrecarga de minúcias, revelam o pintor sensível e tecnicamente seguro, porém rigorosamente disciplinado para o registro do estritamente visual.
Lecionou Desenho Figurado na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro de 1891 a 1895. Em 1920 fixa-se definitivamente no Rio Grande do Sul, dedicando-se ao registro de paisagens e cenas de costumes da Serra Gaúcha de forma interessante e realista.
Considerado como o mais importante artista teuto-brasileiro na história da pintura.
Weingärtner trouxe novos e importantes elementos para a pintura de seu tempo, como a temática da vida dos colonizadores, sendo um dos primeiros a denunciar os conflitos ecológicos, substituindo o nível de encantamentos sobre o qual se apoiava a pintura de seu tempo por uma posição humanística e crítica (Walmir Ayala).
Praticou também, a gravura em água-forte e a litografia, apurando efeitos com extremo cuidado técnico.
Fonte
Lousada, Júlio, 1940 – Artes Plásticas: seu mercado: seus leilões/ Júlio Louzada; (prefácios Mino Carta, Pietro Maria Bardi). –São Paulo: J. Louzada, 1984.